Após longo período de negociação entre os sindicatos dos patrões e dos empregados, ficou definido reajuste de 10% para os trabalhadores do comércio que ganham acima do piso, retroativo ao mês de junho. A negociação se arrastava desde o mês de maio e a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2016-2017) da categoria para Campo Mourão e a região será assinada nos próximos dias. Pelo acordo, pacoteiros e copeiras, por exemplo, passam a ter piso salarial de R$ 1.100,00, enquanto para os comissionados o piso é de R$ 1.299,00. Entregador e demais empregados passam a receber R$ 1.255,00. No acordo negociado ficou estabelecido também abono de R$ 57,00 para aqueles que trabalham nos mercados aos domingos nas cidades autorizadas pela convenção, bem como o pagamento de refeição no valor de R$ 16,50 para os comerciários que trabalham em hora extra, após às 19 horas, e em horários especiais de final de ano. O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Mourão e região (Sindecam), Mauro de Oliveira, disse que esperava um reajuste maior que 10%, porém, pelo atual momento econômico que o Pais atravessa, ele considera o valor aceitável. “Depois de inúmeras negociações e reuniões chegamos a um consenso, levando em consideração o atual momento da economia. Embora os trabalhadores mereçam mais que isso, por conta da inflação que atingiu em cheio, principalmente os produtos da cesta básica, é preciso levar em consideração o grande número de empresas que estão fechando as portas e as demissões que não param. Se não houvesse consenso, a situação poderia ficar ainda mais difícil para o trabalhador, com mais demissões e fechamento de mais empresas”, comentou Oliveira. Quanto às discussões sobre a abertura do comércio em horários especiais, Oliveira explica que o expediente será mantido da mesma forma, com abertura do comércio uma vez ao mês aos sábados à tarde. “Não houve alteração nesse sentido. Já no fim do ano, ficou definido também que a abertura até às 22 horas vai começar mais tarde, assim como foi em dezembro do ano passado, pois é consenso de que não adianta sacrificar os trabalhadores com atendimento antecipado, pois o pico de vendas mesmo é na semana que antecede o Natal”, revela.
Fonte;
Repórter: Clodoaldo Bonete.
Faça um comentário