Convenção Coletiva de 2015 é fechada com reajuste de 10% aos comerciários

Após dois meses de negociação, foi assinada no início dessa semana, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2015-2016) entre o Sindicato dos Empregados no Comércio (Sindecam) e o Sindicato Empresarial do Comércio Varejista (Sindicam). Ficou acertado reajuste de 10% nos salários pagos a quem recebe acima do piso no comércio. As negociações tiveram inicio no dia 15 de maio, e o acordo entre as duas entidades foi firmado em tempo recorde. Para se ter uma ideia, no ano passado, as discussões se arrastaram até novembro.

Com isso, empregados comissionados passam a receber R$ 1.170,00. O reajuste e os pisos são retroativos a 1º de junho. A Convenção Coletiva foi assinada pelos presidentes Mauro de Oliveira (Sindicato dos Empregados) e Nelson Bizoto (Presidente do Sindicato Patronal). Também foram fixados novos pisos para outras modalidades de trabalho, tais como: pacoteiros de hipermercados, supermercados e pacoteiros lojistas, copa, cozinha, limpeza, portaria, vigilância e guarda, contínuos e office–boys, no valor de R$ 990,00. Entregador e demais funcionários passam a receber R$ 1.130,00 (antes o salário era de R$ 1.025,00).

Para o presidente do Sindecam, que cobrava reajuste de 30%, definido em assembleia da entidade realizada em abril, o aumento de 10% foi considerado razoável. “Claro que ficou abaixo do que buscávamos, mas em um ano tão complicado na economia não havia muito mais o que fazer. O importante é que houve um consenso em tempo recorde, evitando um desgastante entre patrão e trabalhador, como ocorreu em anos anteriores. Agora, pelo menos, o trabalhador sabe quanto vai receber e o empresário quanto vai pagar”, comenta Oliveira.

Sábados

Quanto às discussões sobre o expediente em horários especiais, Oliveira explica que será mantido da mesma forma, com abertura do comércio uma vez ao mês aos sábados à tarde. “Não houve alteração nesse sentido. Apenas no fim do ano ficou acertado de que o comércio abrirá em horário especial (até às 22hs) após o dia 14 de dezembro. Houve consenso de que não adianta antecipar muito e desgastar o trabalhador, pois o pico de atendimento é realmente na última semana antes do natal. É importante que o trabalhador seja poupado antes para que possa estar bem preparado nesse período em que o movimento aumenta nas lojas”, diz ele.

Oliveira lembra que o trabalhador tem enfrentado sérias dificuldades, por conta de tanto aumento nesse primeiro semestre, seja na conta de luz, combustível, impostos e tantos outros. “O trabalhador não havia recebido aumento nenhum, mesmo diante dessa situação econômica que explodiu no país. Com esse acordo, fica mais tranqüilo para ambos os lados, pois sabemos que para o patrão não é interessante achatar o salário do trabalhador, tirando o seu poder de compra. Um depende do outro e, nosso objetivo é ir resgatando os prejuízos sofridos pela classe trabalhadora nos últimos anos.”

FONTE: Clodoaldo Bonete/Tribuna do Interior

 

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